quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Campo de Batalha de Tumumu, Polinésia Francesa.

Não estive em nenhum campo de batalha da ilha de Iwo Jima. Soube que os japoneses levaram uma surra, graças aos planos secretos que vendi aos aliados por um preço astronômico. Vender (não repassar, doar, entregar de graça) valeu-me o desligamento do unidade dos Marines e o rótulo de anti-patriota, quase traidor da pátria. Não dei a mínima. Como todos sabem, nem americano sou. Até o momento da venda, sempre me considerara um cidadão apátrida que precisava ter o seu próprio país, de preferência longe de toda aquela confusão. Isso, e a necessidade de fazer um bom pé-de-meia, (eu acabara de completar trinta e dois anos) foram decisivos para que eu vendesse aos rapazes de Eisenhower, os muitos furos que encontrei na estratégia dos rapazes de Hiroíto. Na minha opinião foi um bom negócio para ambos. Embora os americanos ficassem um pouco ressentidos com minha atitude (classificada como" mercenária"), os planos resultaram numa vitória retumbante dos Yankees contra os Japs. Fui pago com uma bela ilha nos Mares do Sul e uma generosa quantia em dinheiro que me permitiria viver mais três anos sem precisar ter qualquer tipo de trabalho. A não ser o de montar a infraestrutura daquela deliciosa propriedade. Por sugestão de minha doce noiva balinesa, batizei meu recém-criado país com o nome de Tumumu, uma bebida afrodisíaca, feita a base de laranja e rum, característica da Polinésia Francesa. Eu estava feliz.

Nenhum comentário: