quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A Confraria do Mal Encarnado.

Felizmente meu amigo Mike escapou por um triz das balas de "Baby Fingers" com apenas um arranhão. Seu instinto de agente experiente o avisou, um segundo antes do tiro quase certeiro do capanga de Fini. "Baby Fingers" não teve a mesma sorte. No instante seguinte, o agente Donovan retrucou na mesma moeda - um só disparo, abrindo um buraco negro na testa do mafioso. Mike, porém, sabia: mesmo com "Baby Fingers" indo agora dormir com os peixes, a festa mal começara.
Eram três da tarde em Tumumu quando Tiki chegou excitada, me despertando subitamente de uma gostosa sesta vespertina. Minha noiva balinesa tinha o hábito de, nas horas mais quentes do dia, sentar-se de frente para o nosso potentíssimo rádio-transmissor de ondas curtas, tentando captar alguma informação interessante vinda de lugares distantes. Naquela tarde o rádio captou algo realmente interessante.
- Jay! Jay! - o sotaque indonésio de Tiki fazia com que minhas iniciais (J.A.) tivessem o som de "jay", quando saíam de sua doce boca. - Jay! Jay! Mike está no rádio, querendo falar com você. Parece sério, muito sério.
Dei um salto da rede e corri para a pequena estação de rádio da ilha, montada entre as sombras de um agradável mini-bangalô coberto com teto de piaçava, sob o suave balançar das folhas do coqueiral.

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